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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Depressão PÓS-PARTO e depressão GESTACIONAL


No momento em que pegamos o resultado do HCG nas mãos nossa cabeça vira um turbilhão... alegria, ansiedade, e muitas vezes também tristeza e depressão. Muitas mulheres não ficam tão felizes quanto seria de se esperar, as vezes até mesmo aquelas que esperavam por este momento, o que piora a situação ainda mais é a sensação de culpa que vem junto destes sentimentos.
É difícil levantar da cama de manhã? Está difícil comer, dormir, ver graça nas atividades que antes davam prazer ? Se você se reconheceu neste dilema pode estar com DEPRESSÃO.
Você não é a única a se sentir assim, não é mesmo, de jeito nenhum. Muitas mulheres preferem esconder a tristeza na gravidez para não passar uma má impressão aos outros, mas para algumas mulheres a gravidez não é necessariamente uma época feliz. Cerca de 10% delas têm crises de depressão nessa fase. Muitas mulheres tentam mascarar seus sentimentos negativos, por acreditar que a gestação deve ser um período só de alegrias, ou por imaginar que a tristeza não passa de mais uma daquelas famosas variações de humor que geralmente afetam as grávidas.

Algumas pessoas chamam a depressão pós-parto de "Baby Blues".

Mais  de 70% das mulheres no mundo  apresentam alguma queixa ansiosa ou depressiva na gravidez. Estudos mostram que mulheres em idade fértil têm em média pelo menos duas vezes maior probabilidade que os homens de apresentarem um episódio de depressão.
A presença de variações hormonais e de estressores sócio-ambientais na gestação podem implicar em maiores riscos de ocorrência de transtornos mentais neste período. 
A remoção da placenta no parto acarreta em queda abrupta das taxas hormonais e consequente no aumento das alterações de humor e de quadros psicóticos na mãe.
No bebê, o estresse pré-natal se associa à agressividade, hiperatividade, ansiedade, desatenção e prejuízo cognitivo durante o período do desenvolvimento neuro-psicomotor.
Apesar da alta frequência de queixas depressivas na gravidez, a percepção e o manejo dos sintomas psiquiátricos na gestação estão longe de receber a devida atenção. 25% das depressões pós-parto têm início na própria gestação, tornando a questão preocupante na medida em que pode haver consequências negativas para a mãe e seu bebê. Pesquisas confirmam como consequências do transtorno problemas tão prejudiciais quanto os causados pelo fumo na gestação.
Mulheres com depressão prévia têm mais recaídas, as taxas podem chegar a 80%, na maioria já no 1º trimestre da gravidez.
É importante haver uma relação estreita e de confiança entre a gestante e seu médico ao longo da gravidez. 
A presença de depressão aumenta pelo menos em três vezes o risco de depressão pós-parto. 

A depressão gestacional pode apresentar  queixas comuns à gestação, e por isso geralmente não são  vistas como sintomas depressivos.
- insônia, ou vontade de dormir o tempo todo
- falta ou ausência de apetite
- apetite exagerado
- enjoo
- fadiga
- desânimo excessivo
- cansaço  frequente
- comportamento introspectivo
- diminuição da libido
- humor deprimido 
- anedonia (ausência da sensação de prazer)
- choro fácil, crises de choro longas e contínuas sem motivo
- sentimentos de culpa
- ansiedade
- medo
- desesperança
- irritabilidade
- desinteresse pela gravidez
- incapacidade de concentração, problemas de memória

Se você estiver se sentindo assim, vale a pena conversar com o obstetra nas consultas de rotina. Ele deve descartar a possibilidade de você estar com hipotireoidismo, uma disfunção da tireóide que pode ter sintomas semelhantes aos da depressão.

Pesquisa feita pelo departamento de medicina de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que as grávidas que desenvolvem diabetes têm risco duas vezes maior de ficarem depressivas na gestação.
Situações que contribuem para a presença de depressão na gravidez são falta de planejamento, não aceitação, perda ou separação de um ente querido, fracasso escolar, desemprego, má condição de trabalho, dívidas, conflito conjugal, ausência do companheiro, baixa idade e falta de apoio familiar. Igualmente, história familiar de depressão, gravidez de risco, idade materna precoce (adolescência), grande número de filhos, e história prévia de abortos também se associam a maiores índices de depressão gestacional. 

Como tratamento nos casos leves recomenda-se a psicoterapia, o apoio psicossocial, tratamentos alternativos e fitoterápicos, já os casos de moderados a graves necessitam de tratamento farmacológico. Quando ocorrer risco de suicídio ou psicose serão necessárias  intervenções mais  eficazes.
A prescrição de medicamentos em grávidas exige a consideração de pontos como os potenciais danos da droga à gestante e ao feto, embora não exista um antidepressivo que possa ser indicado para a gestante com 100% de segurança para o bebê , e por outro lado, os prejuízos da não medicação. Algumas consequências do uso de medicação podem ser aborto, morte neonatal, retardo do desenvolvimento fetal, parto prematuro, intoxicação ou abstinência ao uso da droga pelo recém-nascido e malformação fetal.
Um estudo realizado pela Universidade de Montreal, no Canadá,mostrou que os antidepressivos podem causar até 68% mais riscos da mulher sofrer um aborto. Um dos riscos do antidepressivo é o tempo de permanência no organismo, muitos, como a fluoxetina, podem até mesmo passar para o leite materno.
Gestantes deprimidas apresentam taxas mais altas de não adesão ao pré-natal, maior uso de álcool, cigarros e outras substâncias psicoativas, e padrão irregular de sono e alimentação.

O maior medo relatado pelas mães é o risco de malformação fetal, em qualquer das opções (usar ou não o antidepressivo) é impossível garantir que o bebê vai nascer sem qualquer anomalia. A gestante em uso de medicação psicotrópica deverá permanecer em uso dela na gestação. A retirada do antidepressivo logo antes do pós-parto pode trazer risco significativo de recaída.
Existe também uma grande relação entre depressão na gravidez e situações como pré-eclâmpsia, aborto, morte neonatal, parto prematuro, baixo peso ao nascer, baixo Apgar (teste feito no bebê recém-nascido), maior uso de UTI neonatal e mais dificuldade na formação do vínculo mãe-bebê.
A Fundação Oswaldo Cruz, mostra que em grávidas depressivas há um risco maior do bebê nascer com menos de 2,5 kg.

Alguns cuidados devem ser tomados pelo psiquiatra ao prescrever a medicação, optar pelas drogas mais estudadas, pela menor dose eficaz e se possível por alguma medicação já usada com sucesso anteriormente pela gestante. Os ansiolíticos benzodiazepínicos não fazem parte do tratamento da depressão gestacional, mas podem ser usados no início e em doses baixas. O reconhecimento e a correta abordagem da depressão no contexto obstétrico permitirão uma gestação mais tranquila e saudável à mãe e ao seu bebê. 

Dê-se um tempo. Resista ao impulso de fazer o maior número de coisas antes do nascimento do bebê. Você pode achar absolutamente imprescindível terminar o quartinho, arrumar a casa ou trabalhar muitas horas extras antes da licença-maternidade, mas saiba que não é. Coloque-se no topo de sua lista de prioridades.
Lembre-se de que depois, com um bebê em casa, o tempo para você mesma será menor. Saia bastante, encontre suas amigas, viaje, vá ao cinema, coma fora ou fique à toa em casa. Cuidar de você é uma parte essencial dos cuidados com o bebê lá dentro do útero.
Faça algum tipo de atividade física. Embora não seja a hora de iniciar um intenso programa de exercícios, a atividade física pode ajudar a melhorar seu humor, e é uma forma reconhecida de tratar depressões moderadas. Natação, hidroginástica e caminhadas são exercícios seguros para a gestação. Informe-se sobre os tipos de exercícios recomendados para durante toda a gravidez e tente praticá-los três vezes por semana.
Desabafe. Mantenha a comunicação entre você e seu parceiro aberta e sincera. Você precisa do apoio dele. Se não tiver um companheiro, procure amigos e familiares em quem possa confiar e com quem possa se abrir.
Considere a possibilidade de fazer terapia. Peça recomendação ao médico ou a amigos e conhecidos para encontrar alguém com quem se sinta à vontade. Se o estado depressivo já dura algum tempo, pode ser que você tenha que tomar algum remédio específico e seguro para grávidas.


PÓS – PARTO

Uma depressão pós-parto é algo mais sério do que a tristeza muito comum que surge na maioria das mulheres, depois do parto. Uma depressão pós-parto pode acontecer a qualquer pessoa, incluindo o pai. O homem também pode apresentar o quadro de depressão puerperal, embora com menos intensidade. A depressão masculina tem origem nos sentimentos de exclusão diante da mãe-bebê. É como se ele se percebesse apenas como uma pessoa provedora que deve trabalhar e satisfazer as exigências impostas pelo puerpério da mulher.

O cansaço de cuidar do bebê, a insegurança, a mudança da dinâmica familiar, tudo contribui para que os sintomas piorem no puerpério. Por isso nessa hora é melhor mesmo procurar ajuda. E não apenas a dos médicos, apesar de ser fundamental você ficar à vontade para falar tudo o que está sentido para ele. Conversar com amigos e o seu companheiro, dividir tarefas, descansar e reduzir a carga de trabalho diminuem o estresse sobre a mulher e ajudam a melhorar os sintomas. E principalmente, tentar se livrar da culpa. A pressão para que tudo saia perfeito é grande, a idealização também. Ninguém aguenta um peso desses. Por isso é melhor depositar a carga no chão e ficar mais leve, mais sossegada, por você e por seu bebê. 
Alguns casos duram uma semana, outros podem durar meses. Os médicos recomendam o tratamento desde o início, se não tratada a depressão pode durar anos.
 
Famosas como Brooke Shields e Gwyneth Paltrow, e as brasileiras Luiza Tomé e Ana Furtado também sofreram de depressão pós-parto.


 
 
Mulheres com depressão pós-parto devem dar preferência ao tratamentos naturais, já que toda medicação passa para o leite materno. Atualmente as opções mais usadas são a suplementação de ômega 3, acupuntura, massagens e exercícios físicos.
É importante lembrar que qualquer medicamento deve ser usado somente com indicação médica.
É muito importante a participação do marido no tratamento.
Procure passar o máximo de tempo que conseguir com seu marido.
Converse com outras mulheres que tiveram depressão pós-parto e troque experiências, peça conselhos.
Não fique muito tempo sozinha.
Não tenha vergonha de falar ao seu médico como se sente.
Não exija muito de si mesmo, faça o que pode e o que for secundário deixe pra depois.
Descanse enquanto o bebê dorme.
 


TESTE PARA SABER SE ESTA COM DEPRESSÃO PÓS-PARTO:
 
 
 
Para aquelas que acreditam na força das orações aqui vai...
 
Oração para as mãe com depressão pós-parto:
 
Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo! Amém.
Senhor Jesus quero me apresentar aqui diante da Vossa presença Santa, pois sei que neste momento os Teus olhos se voltam a mim, se voltam para o meu coração e para tudo aquilo que estou vivendo e sentindo.
Tenho andado triste e abatida e o meu coração tem se tornado cada dia mais ansioso e preocupado.
Sei que não foi isso que planejei para minha vida após o nascimento do meu filho(a), ao contrário Jesus, eu tinha sonhos e projetos, tinha tudo programado como eu iria fazer e cuidar dele(a), tinha tudo em minha mente como eu iria trata – ló(a), o carinho e atenção que eu daria à ele(a), mas infelizmente Jesus após o parto do(a) “ diga o nome dele(a)” não foi assim que reagi e não é assim que estou me sentindo Senhor Jesus; pelo contrário, o que para mim deveria ser somente alegria tem se tornado um fardo; e sei que não é assim que eu gostaria de me sentir, pois não foi isso que sonhei para mim, para o meu filho(a), para o meu esposo, mas é assim, com estes sentimentos que estou hoje, e não posso fugir desta realidade.
Por isso estou pedindo que o Senhor me visite e traga toda a cura necessária para o meu coração, pois sei que o Vosso amor pode preencher o meu coração e me libertar de tudo aquilo que hoje me prende e me paralisa.
Se todos estes sentimentos que estou vivendo após o parto do meu filho(a) tem algum tipo de ligação ainda com o que eu vivi na minha concepção, com o  parto da minha mãe, se algo foi desencadeado em mim, estou pedindo que me cure e liberte no poder do Teu Nome Jesus. Traz toda cura daquele momento que eu estava para nascer do ventre da minha mãe, o que todo aquele momento significou para mim, o medo que senti de nascer, o medo que tive de sair daquele lugar seguro e confortável que era o ventre da minha mãe; as angustias que se passaram no meu coração em meio aquele parto. O trauma que foi para mim o cordão umbilical enrolado ao meu pescoço, na qual me senti sufocada e nasci quase que morta. As dores que minha mãe sentiu e tudo o que ela falou naquela mesa de cirurgia e por causa disso todo sentimento de culpa que eu senti naquele momento, de causar tanta dor à minha mãe! Cura-me Senhor Jesus com o Teu Sangue Redentor….
O sentimento de medo que tive das novas percepções que eu estava vivendo, da audição, do tato, do olfato e da visão, tudo isso me assustou. Mas creio que naquele momento o Senhor já estava comigo, já cuidava de mim e me amava…
Peço ainda a Ti Jesus, que venha visitar o meu coração no momento em que o médico cortou o meu cordão umbilical, vem visitar os meus sentimentos deste momento. O rompimento que houve entre eu ainda bebê com a minha única segurança que era a minha mãe, e era exatamente pelo cordão umbilical que nós éramos ligadas, o corte do cordão umbilical separava então o meu corpo do corpo da minha mãe Senhor Jesus, e por mais uma vez senti medo de tudo aquilo e vivi mesmo inconsciente, o sentimento de perda.
Sei que para minha mãe também não deve ter sido fácil esse rompimento, esta “perda”, pois eu também era como que um membro dela, sei que minha mãe sofreu com esse rompimento… E quero te apresentar este sentimento de perda que senti em relação ao “diga o nome do seu filho(a)” quando eu o(a) concebi e ele(a) foi separado(a) de mim pelo corte do cordão umbilical, mesmo que tenha sido inconsciente, mas te peço que o Senhor traga toda a cura necessária neste momento ao meu coração…Senti que algo importante, muito valioso me foi tirado e na qual cuidei e zelei por nove meses. Sei que ele(a) está em meus braços agora Senhor Jesus, que posso toca – ló(a) e vê – ló(a), mas ainda os meus sentimentos e emoções não conseguem reagir de maneira positiva.
Se este sentimento de perda que vivi ainda bebê com a minha mãe, ou que vivi ao nascer do meu filho(a), gerou em mim esta depressão, este estado de angustia e ansiedade, estou pedindo que no poder do Teu nome eu seja curada e liberta.
Fica comigo Jesus, Tú és o Médico dos Médicos e pode tocar em toda a minha fisiologia e em todos os processos bioquímicos que se processam dentro de mim e podem ser a causa desta depressão pós parto que estou vivendo. Toda a minha parte hormonal, celular, todo o funcionamento das minhas glândulas, estou pedindo que pela Tua graça o Senhor possa equilibra – lás e fazer com que tudo volte ao seu normal funcionamento, ao seu equilíbrio…
Visita – me Espírito Santo retirando do meu interior toda a carência de mãe que estou sentindo agora, todo o sentimento de auto-depreciação de incapacidade de ser mãe, de cuidar de um bebê, sentimento de incapacidade que brota no meu coração todas as vezes que o meu filho(a) chora pois não consigo “traduzir” o choro dele(a), saber o que ele(a) precisa…Retira do meu interior toda a irritabilidade diante do choro do meu bebê, irritabilidade por ter que dar banho, ter que troca – ló(a)…
Quero renunciar a todo e qualquer sentimento de rejeição que eu possa estar sentindo, pois sei que eu o(a) amo e quero que ele(a) sinta – se muito amado(a)!
Dai – me Espirito Santo um novo batismo de ânimo e alegria, não permita que eu me isole na minha casa, que eu caia na rotina. Dai – me a graça de cuidar de mim mesma, de me arrumar, de me alimentar bem, para que eu possa Senhor cumprir de maneira eficaz aquilo que o meu ser mãe me pede!
Batiza – me no Teu amor, dai –me o dom do amor: amor a mim mesma, amor ao meu filho(a), amor ao meu marido, amor a toda a minha família…
Desde já te louvo e te agradeço porque ouves a minha oração, porque me acolhes no Teu amor. Pelo Seu amor sou curada e liberta!
Obrigado Senhor Jesus pelo Dom de ser mãe!
Amém!
 

 

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